O Tirano jaz morto!
Caído na sombra do seu trono
Seu corpo aberto como o de Crono
O Tirano jaz morto!
Apunhalado, ensanguentado
Moribundo nas escadas do Senado
O Tirano jaz morto!
Que Julho não seja mais Julho
Que nas Calendas haja entulho
O Tirano jaz morto!
Embriagado pelo Triunfo
Morto pelo seu trunfo
O Tirano jaz morto!
Com areia africana nas sandálias
E a toga manchada pelo sangue das Gálias
O Tirano jaz morto!
O Povo está livre!
E a Res Publica vive!
O Tirano jaz morto!
Mário Carreiro