quarta-feira, 14 de maio de 2008

A guerra que é amar-te

A guerra começou há menos de um ano
Soube desde esse momento qual a minha missão

Para a batalha parto eu
Para poder conquistar o teu coração
Preso naquela torre, que te impede
De ver a verdade, que não é só o exterior
Mas que também conta o interior

Está na hora de ir
As minhas tropas tenho de reunir
Somos aos milhares, só para poder salvar
Aquela cujo olhar
Brilhante como o Sol
Fulminante como um relâmpago
Precioso como o belo ouro

Depois de as armaduras vestir
Das armas e munições carregadas
Está na hora de partir
Em direcção ao horizonte
Onde espero derrotar
As terríveis bestas que te aprisionam

Finalmente chegámos ao rendezvous point
Eu comando a frente de batalha
À frente as hordes dos temíveis inimigos
Com um olhar de morte sobre mim e
Os bravos que me acompanham

Ao estalar dos tambores, rebenta a batalha
Flechas voam pelo ar
Espadas raspam entre escudos e armaduras
Lanças quebram-se, corpos caem
Este era o resultado de várias horas de combate

Eu batalho o meu caminho por entre
Corredores e muralhas, para poder
Entrar na torre onde te encontras
E te resgatar.
Subo escada após escada
E finalmente chego ao meu destino

Lá estás tu, parada a olhar
Para o sangrento campo de batalha
Tentando perceber quem sairá vencedor
Eu aproximo-me, apresento-me perante ti
Digo-te o que ali faço
E por um braço te agarro, para te levar
Dali para um lugar seguro

Quando chegamos lá abaixo
Vejo os inimigos a rodear-nos
Penso: “ Será este o meu fim?
Tanto trabalho para nada?”

É então que do nada, surgem
As nossas ultimas réstias de esperança
Depois dos reforços chegarem
Eu conduzo-te para o meu cavalo
E com escolta te mando seguir,
Com um sorriso nos lábios me despeço
E para trás fico, com os restantes

E aquilo que me vem ao pensamento
No que parece ser o fim é:
“Cumpri minha missão, estás salva
Vive uma vida feliz, e até ao nosso encontro
No Outro Mundo

Com isto acabou-se a batalha
A princesa foi salva
A honra de muitos homens foi preservada
E quanto a mim, apenas posso dizer:
“ Morro feliz, pois sei que agora
Poderás sorrir à vontade
Sem estar presa por nada ou ninguém”

Assim caio, espetado por lanças
Perfurado por espadas
Mas com um sorriso no rosto
E mão ao peito, pois finalmente acabou.

“O meu corpo perecerá,
O meu espírito partirá
Mas o meu amor por ti
Eternamente viverá”

Mário Ilhéu

3 comentários:

Anónimo disse...

zbannngggg merda!

Anónimo disse...

ta fino, gostei!!
mostras sinceridade nas tuas palavras!!

Anónimo disse...

gostei deste poema, principalmente da ultima parte