Pudera eu dominá-la
E ter a mestria da sua arte
Que eu pudesse domá-la
E usá-la toda ou só uma parte
Pudera conceder-me a Providência
O dom de ser mestre da mentira
Usá-la por minha conveniência
Sem incorrer na sua ira
Suplico esse dom, ó Generoso!
Que já não se usa o hábito honroso
De ter por qualidade
Aquele que só diz a verdade
Pois a mentir o Homem busca
Nestes dias onde a verdade se ofusca
Mário Carreiro
2 comentários:
acho bastante incomum a tua maneira de pensar
queres saber mentir mas não consegues
*btw*
gostei dos sonetos =D
Por detrás da ironia esconde-se, afinal, uma personalidade cheia de afectividade e com dificuldade de entrar em jogos de falsidade. A mentira é, realmente, um cancro nas relações entre as pessoas. Talvez por ser tão utilizada cada vez as verdadeireas relações de amizade são mais escassas.
Gostei dos teus poemas. Tens "veia" poética. Mª José
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