Os pássaros de ferro descolaram
para este voo se cuidaram
com suas garras armados
em bandos foram emparelhados
levantaram do lado da nascente
e tomaram o rumo do poente
em seu rosto um olhar rancoroso
em seu bico um ruído estrondoso
E sobre nossa cidade se lançaram
em queda se despenharam
nas ruas se viram clarões
o povo era consumido pelas explosões
e julgando-se em frutíferos sacrifícios
destruíram nossos edifícios
os nossos caçadores abateram os mais gordos
e em terra caíram como tordos
caindo nos pântanos, espalhando as lamas
estes pássaros de ferro
eram agora pássaros em chamas...
Mário Carreiro
1 comentário:
Mário Mário Mário, continuo com a mesma opinião: tu perdes-te um bocado aqui. A tua escrita está uns quantos séculos à frente de grande parte dos elementos do vosso blogue. Tens um talento natural fantástico, capaz de reduzir ideias tão complexas como a guerra ao simples conceito de um avião e ainda assim fazer com que seja algo maravilhoso de se ler e ao mesmo tempo terrível inserido no tema. Com o tema adequado, eras capaz de fazer o mundo tremer com a tua escrita.
Continua com bom trabalho.
Enviar um comentário