sexta-feira, 14 de agosto de 2009

No céu brilha uma estrela

No céu brilha uma estrela, ilusória
aos olhos de quem a vê, mentira
mas será que o seu brilho não seria apenas para esses olhos
para iluminar o caminho que não vêem,
para seguir em frente por entre a neblina?

Os pecados que cometemos,
ninguém os pode apagar, talvez
sejam mais profundos e negros do que imaginamos,
mas os erros, aprendemos a viver com eles
e ainda que a morte brinque com a mente
oferecendo uma saída fácil e definitiva
porque dizes que tudo o que és ou fazes
não passa de um mero nada?

Talvez essa estrela,
quisesse trazer-te uma mensagem,
dizer que ainda há esperança.
Olha para ti, para esses pequenos grãos a que chamas nada
e pensa, vê, sente
o que amas, o que está à tua volta,
os pequenos milagres desse nenhum
que podem fazer tanta diferença.

Não desistas da luta
As areias do tempo não param
e com elas trazem mudança,
deixa que a luz dessa estrela ilumine um pouco
a noite de brumas,
deixa que o teu coração fale e se faça ouvir bem alto

porque a canção do fim marca apenas o princípio…


Jean Stanford

Os pecados que cometemos

Os pecados que cometemos,
ninguém os pode apagar, talvez
sejam mais profundos e negros do que imaginamos,
mas os erros, aprendemos a viver com eles
e ainda que a morte brinque com a mente
oferecendo uma saída fácil e definitiva
algo instintivo, auto preservação
puxa-nos para trás, de facto ,egoistamente,
amamos a nossa vida acima de todas .

O ser humano é deveras imperfeito
Antropocêntrico, egocêntrico , egoísta
primeiro ele, depois os outros
e a inocência não é mais do que uma piada de tolos
no meio de tanto cinismo e ambição desmedida,
existem apenas aqueles que a escondem bem
longe da vista de todos,
para que a sociedade, lixo e escória do mundo
os ache diferentes e humanistas.

Fernando Pessoa tinha razão,
na temática do poema “ela canta, pobre ceifeira”
realmente pensar causa sofrimento,
a lógica que se ensina e nos move,
pois como seres imperfeitos
consideramos que sentir é fraqueza,
mas ambas, lógica e emoção
causam dor e decadência.

Sim, matamo-nos uns aos outros
Comemo-nos, consumimo-nos
Consumimos este mundo até não restar nada,
justificando acções com desculpas esfarrapadas e piedosas
de conforto, facilidade , amor
apelidadas de tecnologia, religião, e nomes difíceis
quando o que nos move é o lado negro, pútrido
decrépito, fedor da natureza humana.

Digo estas palavras, desvarios
Incluindo-me nelas sem procurar eufemismos ou perdão,
mas como humano acredito que podemos mudar,
crer em ideais românticos e sentimentalistas
nos produtos da imaginação, sonho da alma humana
ainda que tudo acima referido seja a verdade,
porque apenas lutando e tendo força
acreditando, podemos seguir em frente
de olhos postos num objectivo
ainda que tudo falhe, que se calem a vozes malfazejas,

é a eterna esperança e crença num futuro melhor.


Jean Stanford