domingo, 13 de março de 2011

Experimentos Futuristas

Num vagão atribulado
No túnel dos horrores
Sinto poder, sinto impulsão
A força motriz de toda a condição
À velocidade e trepidação
Responde meu corpo dilatado
Arremessando-se primeiro para trás
E depois para a frente com a propulsão
E este ruidoso caos urbano
A metrópole da turbina eléctrica
Com rodas, carris, motores, combustão
Tudo em constante electrificação
Nada é natural
Tudo é sintético
Nada é anormal
Tudo é estético
Assim como a enxaqueca
Que determina a minha vontade



Mário Carreiro

Esta coisa foi feita no dia 10/02/2011, fruto do cansaço após um dia de aulas e dentro dum vagão do metro com aquele característico barulho ensurdecedor. Foi uma primeira tentativa minha de conhecer o inimigo.