quinta-feira, 29 de maio de 2008

Crónicas de um poeta apaixonado - 5º episódio

O dia em que o coração duvidou! Poderá ser?? Hipótese de uma Quadrilha Fatal??


Chegou Abril
época primaveril
com a chegada do calor.
Agora para além do tempo aquecer
esta batalha, parece uma caneca a ferver.

Depois da derrota de um
veio o outro dar-me trabalho
eu cá até acho divertido
mandar um após o outro
directamente para o bogalho.

Mas levanta-se mais um boato
deixámos de ser três
e passámos a quatro guerreiros.
Seria verdade, mais um rival?!

Este já era mais crescidinho
até era bom demais para ser verdade
deixei o puto para trás, e agora
enfrentava um rapazito e um rapagão.

Por sorte, não passava apenas de um boato
mas há boatos que se concretizam
do que depender de mim
este nem sairá do rascunho.

Mesmo assim, sinto-me fraco
sozinho contra dois
preciso de ajuda, senão irei cair
e depois de tanto esforço
os outros é que se vão rir.



Mário Ilhéu

terça-feira, 27 de maio de 2008

Crónicas de um poeta apaixonado - 4º episódio

O dia em que o coração vacilou! A queda do miúdo e o aparecimento do reforço-muro Monforte


Desde o triste dia
eu que descobri a verdade
tenho andado incerto
sobre o que devo ou não fazer

Desistir não será uma opção
por isso continuo a luta
mas também não posso
cair na tentação
de uma declaração à bruta

Dia sim, dia não
eu via-te passar à minha frente
sempre a bater forte o coração
pois sou um teimoso crente
que irei ganhar a luta
e nos outros irei criar
ridicularidade e inveja

Por sorte dos diabos,
eis que me chega uma noticia
o miúdo fez asneira
e ela deixou-o na ignorancia

Mas como um mal nunca vem só
além de mim, outros se aproveitam
Monforte é o seu nome
e chegou para ficar

Se um já consegui derrubar
o outro não fará muita pressão
Mas que estou para aqui a dizer?!
Com mão firme no coração
Tenho fé que vos posso vencer.



Mário Ilhéu

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Profecia ao Mário Ilhéu

Primeiro veio um inimigo
que com furor o odiaste
tinha de um rei o nome
pois por Dinis era clamado
Ela por ele tinha amizade
que é o amor da sua idade
mas por erros imbecis
daquele tenro querubim
ela o esqueceu como amante
enfim...
A luta estava longe de acabada
mais um estava por vir
de Torrão, veio um antigo dela
um nome de negreiro possuia
por Monforte era cantado
nome de traidor, justo á sua láia
e se com esforço de menor
o outro venceste e derrotaste
com igual esforço este vais derrubar
Mas se te julgas já vencedor
(embora já te seja merecido)
sai do engano, pensa no teu amor
ainda um está por vir
seu nome é desconhecido
mas uma coisa te garanto
ele ainda irá tentá-la
e ela a ele vai amá-lo
e ao desprezo te vai entregar
e vais sentir que é o final
que tudo está acabado
E aí entro eu, de torcha na mão
para te iluminar o caminho
mas não mais te poderei ajudar
porque tens de lutar sozinho
mas se duramente lutares
a vitória será tua, meu amigo
E nesse dia, mais que nos outros
o vento com força soprará
os anjos cantarão...
o Sol, resplandescente, brilhará
porque a mulher de Abraão
finalmente tua será...
e será tua para sempre...
e para sempre te amará...


Mário Carreiro

Um poema dedicado ao meu amigo Mário Ilhéu (que também participa neste blog) atendendo á sua situação sentimental e advertindo-o das provações futuras.

domingo, 25 de maio de 2008

Crónicas de um poeta apaixonado - 3º episódio

O dia em que o coração acelerou! Ameaça Tripla pela conquista de um sonho.


Vim a descobrir a razão
pelos acenos triviais
pelo segredismo constante
e pelos sorrisos escondidos

Disseram-me o que contigo se passava
estavas apaixonada por outro
um rapaz teu conhecido
e para minha desgraça
também te era muito chegado

Durante várias semanas batalhei
contra esse némesis
para ganhar teu coração
mas quando pensava que estava tudo ganho
parecia ter sido tudo em vão

Surgiu outro
mais próximo de ti que o anterior
era um "ex" que voltou,
por mim até podia ser rei
mas a mim, ainda não derrubou

Agora somos três
a lutar pelo mesmo sonho
eu cá, não penso desistir
perder não será opção
pois penso continuar a lutar
até a Morte me levar

A luta terá que ter um fim
pois todas acabam assim
a última cartada será na festança
onde aí surgirá
uma nova, aguardada esperança.


Mário Ilhéu

sábado, 24 de maio de 2008

Crónicas de um poeta apaixonado - 2º episódio

O dia em que o coração murchou! O aceno trivial e a longa espera por uma nova partida.

Chegou-se o Natal
finalmente chegaram as primeiras férias
e com elas, as primeiras semanas sem te ver
Sempre que podia, falava contigo
perguntava come estavas e o que fazias
tu apenas respondias-me, sempre sorrindo
"Estou bem, estou melhor. E tu?"

Estas eram as nossas conversas
e eu, com uma nova época de aulas
quase a surgir, questionava-me
"Como serão as notas que iremos tirar?"
Tu rias-te do assunto
e na descontra dizias
"Ainda falta muito, até lá sobem-se"

Finalmente acabaram as férias
e chegou mais um novo periodo.
A primeira coisa que mais desejei
era ver-te de novo, a sorrires para mim.
Mas em vez disso, passaste ao lado
sem nada dizer, e eu estranhei.

Confrontei-te, perguntei-te
mas o que se estaria a passar?!
Nem um adeus, nem um olá?!
Tu apenas dizias que tinhas pressa
e eu disse que se esse era o problema
então basta um aceno, para eu te ver.

Também deixaste de ir aos treinos,
e eu esperei, e esperei, e nunca mais apareceste.
Já lá vão cinco meses, a espera continua
pois tu prometeste-me, uma nova partida.
Desde aí foram só acenos, os sorrisos esconderam-se
mas que se passava, nessa tua cabecinha?!


Mário Ilhéu

terça-feira, 20 de maio de 2008

Crónicas de um poeta apaixonado - 1º episódio

O dia em que o coração bateu! Amor à primeira vista, amor à primeira raquetada!

Foi em Outobro
no inicio da queda das folhas
com o sorruçar das árvores nuas
o roçar dos galhos
num dia maravilhoso, solarengo
que vi-te pela primeira vez

Ainda me lembro,
quando saiste pela porta do balneário
com a tua camisola branca
com um gato no centro
e umas calças cor de rosa
tão bela que até causava desmaio

Foi no dia 24 penso eu
olhei-te nos olhos
enquanto caminhava para o campo
pronto para mais um jogo.
Mas n sei porquê
ao olhar para ti
deu-se-me uma explosão em mim
que me deu força para ganhar

De repente, ouve-se o apito
o professor manda trocar
e quem me haveria de calhar
para sorte do destino
senão tu

Aquele teu sorriso esbranquiçado
intenso, como a luz ao fundo do tunel
um olhar fulminante
sempre com essas pérolas a cintilar
comprimentei-te e tu respondeste
com um breve "Olá"

Começou a partida
eu lancei, e tu atacaste
passámos o volante um ao outro
tentando ver quem marcava
foram uns cinco toques, quando,
o volante acerta-me na cabeça

Um pouco preocupada
mas ao mesmo tempo a sorrir
pediste desculpa, apenas dizendo
"Xorry"!!
Eu ri-me, com tal palavreado
mas ao mesmo tempo, dentro de mim
um calor, como que uma pequena chama
se acendia no meu coração

Foi aí que me apercebi
que as verdades têm de ser ditas:
existe sim, amor à primeira raquetada
E ainda por cima
levei uma bruta de uma chouriçada!


Mário Ilhéu

Aviso: obra literária a caminho

Caros visitantes,
a partir de hoje, 20-5-2008, eu, Mário Ilhéu, irei lançar uma obra literária feita por mim, sobre os acontecimentos ocorridos no ultimo ano. Esta obra será composta por 5-10 episódios e será lançada semanalmente ou quizenalmente, mas haverá sempre aviso prévio de quando o irei publicar. A obra chama-se "Crónicas de um poeta apaixonado" e espero que gostem de lê-la, tal como eu gosto de escreve-la.

Um bom dia para todos e resto de boa semana,

Administração:
Mário Ilhéu

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Crítica aos críticos

Já fui parvo e néscio
Já cometi erros e falhas
Como ter cessado de falar
Como ter parado de escrever
Por causa da opinião de outros

De ter ligado a sórdidos opinantes
Me arrependo e me emendo

Esses doutores de larga boca
Alheios ao sentimento com que escrevo
Que facilmente besuntam sua língua
De palavras vazias e ocas
E que suas são muito poucas

E essas palavras de opinião
Que largamente jorram
Como água corrente no Jordão
E que tentam pôr cerco á minha fala
E prender minha vontade
Á ideia de escrever
Apenas para quem me for ler

Mas ainda com penas se tem de escrever?!
Julgava eu com lápis e caneta já ser!

Venham daí esses juízes de qualidade!
Venham também bajuladores em quantidade!
Que a minha pesada e atrasada pena
Não cessará de escrever

Por mais que vos enjoe as minhas palavras
Por mais que vos aborreça a minha voz
Ela é e será minha e só minha
E mesmo que não seja ouvida por ninguém
Não a deixarei cair na boca de outrem!



Mário Carreiro

sábado, 17 de maio de 2008

At the hardest moment...

You know it's over
you feel it
the end...
fallen on the ground, unable to move...
unable to scream...
unable to call for help...
defenseless...
you think it's just a matter of time till
the end of your journey...
but! is it?
you hear someone calling for you
they haven't forgotten you
you feel them get near you and
pull you out of the battle
you see them in danger for you
you, even in deep pain, feel good
you feel relieved, you feel happy
why?
they came for you, to save you...
that's the beauty of friendship.


Ricardo Relvas

quarta-feira, 14 de maio de 2008

A guerra que é amar-te

A guerra começou há menos de um ano
Soube desde esse momento qual a minha missão

Para a batalha parto eu
Para poder conquistar o teu coração
Preso naquela torre, que te impede
De ver a verdade, que não é só o exterior
Mas que também conta o interior

Está na hora de ir
As minhas tropas tenho de reunir
Somos aos milhares, só para poder salvar
Aquela cujo olhar
Brilhante como o Sol
Fulminante como um relâmpago
Precioso como o belo ouro

Depois de as armaduras vestir
Das armas e munições carregadas
Está na hora de partir
Em direcção ao horizonte
Onde espero derrotar
As terríveis bestas que te aprisionam

Finalmente chegámos ao rendezvous point
Eu comando a frente de batalha
À frente as hordes dos temíveis inimigos
Com um olhar de morte sobre mim e
Os bravos que me acompanham

Ao estalar dos tambores, rebenta a batalha
Flechas voam pelo ar
Espadas raspam entre escudos e armaduras
Lanças quebram-se, corpos caem
Este era o resultado de várias horas de combate

Eu batalho o meu caminho por entre
Corredores e muralhas, para poder
Entrar na torre onde te encontras
E te resgatar.
Subo escada após escada
E finalmente chego ao meu destino

Lá estás tu, parada a olhar
Para o sangrento campo de batalha
Tentando perceber quem sairá vencedor
Eu aproximo-me, apresento-me perante ti
Digo-te o que ali faço
E por um braço te agarro, para te levar
Dali para um lugar seguro

Quando chegamos lá abaixo
Vejo os inimigos a rodear-nos
Penso: “ Será este o meu fim?
Tanto trabalho para nada?”

É então que do nada, surgem
As nossas ultimas réstias de esperança
Depois dos reforços chegarem
Eu conduzo-te para o meu cavalo
E com escolta te mando seguir,
Com um sorriso nos lábios me despeço
E para trás fico, com os restantes

E aquilo que me vem ao pensamento
No que parece ser o fim é:
“Cumpri minha missão, estás salva
Vive uma vida feliz, e até ao nosso encontro
No Outro Mundo

Com isto acabou-se a batalha
A princesa foi salva
A honra de muitos homens foi preservada
E quanto a mim, apenas posso dizer:
“ Morro feliz, pois sei que agora
Poderás sorrir à vontade
Sem estar presa por nada ou ninguém”

Assim caio, espetado por lanças
Perfurado por espadas
Mas com um sorriso no rosto
E mão ao peito, pois finalmente acabou.

“O meu corpo perecerá,
O meu espírito partirá
Mas o meu amor por ti
Eternamente viverá”

Mário Ilhéu

terça-feira, 13 de maio de 2008

Á minha doce amada

Oh! minha deusa mais bela
mais bela que as planíncies verdes
no auge da Primavera renascida.
Pudera ter-te a ti em meus braços
para te abraçar
para te beijar
para te mostrar o quanto eu te amo.
Mas uma maligna força me impede
algum mal me retem
de te dizer abertamente
que és alvo da minha paixão
paixão demente e voraz
que muda todo o meu ser
muda-o, tornando-o mais sensível
e que me leva a tender
o irracional pecado cometer
tirando-me a razão que podia ter.
Humildemente peço
que me façam valer o vosso perdão
por tão entediante repetição
mas nada me dá tanto prazer
como a tua pura beleza
aos quatro ventos cantar.
E que um desses ventos leve
fazendo por ti ser recebido
esta minha pobre oferenda
que não são jóias nem riquezas
e que nem de uma flor se trata
mas sim estas palavras que escrevo
que a ti as dedico...
e com amor as concebo...


Mário Carreiro

Guerra perdida

Por momentos fecho os olhos
Porque abri-los não me irá agradar
Pois vislumbrei o cenário de guerra.
Desembanho da minha espada
E sigo este destino incerto
Pois dele posso não voltar
E começo...
Começo a fatiar braços
A decepar cabeças
E arrancar corações
Sinto o sangue inimigo
A jorrar por entre as minhas mãos
Que sensação de adrenalina!
Continuo a chacina
Lapidando vidas incógnitas
A guerra está ganha!
Até que...
O meu corpo gela
Ficou dormente
Uma espada cumpriu o seu dever
A minha vista escurece
E a minha vida desaparece
Eu olho para o céu e ...
Num último suspiro. . . Morro!!



Sandro Pereira

Amor é um jogo

Fui ao casino do amor
Apostar as minhas moedas
Para obter uma oportunidade
De ganhar o teu coração
Apostei uma...
Duas.... Três....
Apostei até não poder mais
Para no fim reclamar o meu prémio
Mas....
Sorte malvada
Fiquei sem moedas!
E em vez do teu coração
Apenas me magoei
Fui para casa
De coração partido
Mas com a esperança
De um dia voltar
Para um nova jogada!


Sandro Pereira

segunda-feira, 12 de maio de 2008

My sword

My sword is no longer pure
it as seen too many...
too many that left this world...
too many had seen it for the last time...
too many lost their loved ones to it's blade...
too many tears, too many screams...
while some cry, others rejoice
while some die, others are born
it took lives, but it also saved lives
My sword is no longer pure...
forged to kill
forged to defend
Our honor
Our families
Our home...
But used to destroy
their honor
their families
their homes...
My sword...


Ricardo Relvas

domingo, 11 de maio de 2008

Apocalipse

Já vimos o primeiro sinal
O segundo já vem a caminho
Depois o terceiro e o quarto
E quando finalmente
As trompas tocarem
Chegará o quinto
De entre fogo e enxofre
De entre peste e males
De entre guerra e caos
Virá O QUINTO
Virá a salvação
No meio das trevas
Virá a luz
E no meio do silencio da morte
Ouvir-se-á a harpa da vida
Exortando aos justos
Que reclamem a sua merecida glória
E que aqueles que
Rejeitaram a luz
Sucumbam nas labaredas de Belzebu!


Mário Carreiro

*A elaboração deste poema não visa defender nenhum ponto de vista ideológico/religioso. Apenas foi resultado da imaginação criativa do seu autor.

Razgriz

Uma sombra paira no ar
Um odor fétido
Um ar irrespirável
Um vulto de morte
Sente-se uma agonia
Uma agonia de morte
Eis o abismo
Contempla as suas trevas
Eis a morte
Contempla a sua vida
E dos mais longínquos confins
Do mais profundo abismo
Onde apenas a morte
Habita as trevas
Ei-lo, eis o Razgriz
Contempla as suas asas negras
Contempla a sua sombra
Fecha os teus olhos e descansa
Que a morte chegou
E vai-te acolher em seus braços
E levar-te para o seu reino


Mário Carreiro

O nosso amor

Quando me disseste,
Que querias falar comigo,
Eu fiquei nervosa,
Mas ao mesmo tempo curiosa.

Fiquei a pensar no que poderia ser,
Mas não me vinha nada á cabeça,
Até eu adormecer.

No dia seguinte,
Vieste falar comigo,
Disseste-me que não aguentavas mais,
Estar sem mim,
E perguntaste-me se queria namorar contigo.
Eu aceitei, sorrindo.

A partir daí,
Começámos a namorar.
E espero que esse amor nunca vá acabar.


Lara Soares

Aquele olhar

Quando eu te vi pela primeira vez,
Estavas a olhar para o mar,
Fiquei a olhar para ti com cara de pasmar.

Pensei que aquilo era um sonho,
Mas quando voltei a olhar para ti,
Vi que estavas tristonho.

Fui me embora a pensar em ti,
No dia a seguir voltei ao mesmo sítio a sorrir.
Mas não te vi lá,
Depois comecei a pensar onde é que te podia encontrar.
Não estavas em lado nenhum,
Só me apetecia chorar.
Mas ainda acredito, que um dia te possa ver,
Mesmo se alguém não querer.


Lara Soares

Amar

Há muita gente,
Que não quer amar,
Pois essa gente não se quer magoar,
Com os sentimentos não gostam de brincar.

O amor nunca costuma ser eterno,
Pois parece acabar sempre no inferno,
E há aquelas pessoas que escrevem num caderno,
Para desabafar,
E para apagar das suas cabeças,
Aqueles maus momentos,
E porque também têm sentimentos.

Amar é respirar o ar,
Que nos faz suspirar.


Lara Soares

Minha mente, Meu coração!

A minha mente vagueia na luz,
Os meus olhos brilham ao te ver,
E o meu coração chora por não te ter.

Estou sempre com a cabeça na lua,
Pois só penso em estar contigo,
Em cima de uma rocha nua,
A olhar para o mar.

Até eu deixar de te amar,
Só mesmo quando,
O meu coração parar.


Lara Soares

Os amigos

Os amigos,
Estão cá para ajudar,
Não para julgar,
E também para gestos carinhosos dar.

Só os amigos verdadeiros interessam,
E só esses a nossa amizade merecem.

Mas há aqueles que se esquecem,
E julgam as outras pessoas,
E esquecem-se que as outras pessoas,
Têm sentimentos,
E depois ficam com maus pensamentos.

Respeita as pessoas como elas são,
Pois elas podem ter um bom coração,
E dependendo do teu querer,
Uma amizade sincera,
Poderá nascer.


Lara Soares

O que é amar?

Amar é sorrir por nada,
E ficar triste sem motivos,
É desejo de um carinho,
É abraçar com certeza,
E beijar com vontade,
É passear com felicidade,
E ser feliz de verdade.


Lara Soares

Liberdade

Liberdade é o mostrar do sol encoberto,
É sonhar desperto.
É abrir a porta do coração,
Lutar, sentir, liberdade, uma emoção.

Liberdade, são os sonhos,
Que não ficam por sonhar,
É a voz do poeta, é uma magia secreta.


Lara Soares

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Frente a frente

Adoro-te demasiado
mesmo que estejas cansada
ou com expressão de zangada
mas pergunto-me se será correcto
viveres assim tão preocupada.

Aqui me encontro
virado do avesso, com tudo isto
à tua volta, mesmo com esse teu
sentimento de indiferença
sinto-me um pouco desnorteado

Existem outras coisas que
te queria perguntar
mas o nosso diálogo é logo interrompido
pelo som do carro a chegar
pronto para longe de mim te levar

Aqui estou eu
olhando para ti, completemente hipnotizado
por esse teu belo rosto
que reflecte a beleza de uma deusa
e eu sem forças para falar, para aqui engasgado

É estranho, até mesmo para mim
como é possivel que por qualquer coisa
penso logo em ti
mas quando nos confrontamos cara a cara
nao sei que fazer, fico logo a tremer

Feito parvo não aproveito
mais uma boa opurtonidade de te dizer:
"Amo-te, mais que qualquer coisa neste mundo"
mas como sempre contento-me em te acenar.
-É esta a minha forma de agir, é assim que te continuo a amar.


Mário Ilhéu

Hastings

Desde terras longínquas
Ou das aldeias mais próximas
Vêm batalhões de soldados
Todos armados e providos
Providos de mantimentos
E providos da Providência
Todos eles galantemente marchando
Erguendo o esplendor do seu estandarte
Á viva luz do Sol vigente
Ao cimo do ermo se chegaram
E para uma breve olhada se detiveram
E do gigante Caldoc miraram
A frota inimiga aproximando
Francos, Normandos, Iberos
Todos eles desembarcaram
E com suas trouxas se apearam
Liderados pelo infame bastardo
Que de William, o Normando é lembrado
Avançaram em direcção ao monte
E na sua base pararam
Em três filas formaram
Estando os arqueiros na fronte
Segue-se a linha principal
De lanças, piques e espadas formada
A terceira continha a cavalaria
Que para carregar estava preparada
E Rufus, o legitimo do bastardo
Com a sua guarnição a postos
Protegia a ponte na retaguarda
Nossos homens vendo tal demonstração
Encheram de bravura o coração
E com vigor o Scuto formaram
Preparando para o impacto inicial
E os Huscarls de malhas e machados
Protegiam o nosso Harold glorioso
Junto à árvore na ala central
As trompas tocaram dando o sinal
Para o avanço das fileiras
Á mercê de projécteis aguentámos
Até ao combate termos entrado
Batemo-nos com coragem e bravura
E da vitória já estávamos abençoados
Quando, como que por nossa arrogância
O maldito momento chegou
Das mãos de um arqueiro desconhecido
Um projéctil foi disparado
E rápido como a estrela que cai do céu
No coração de Harold se cravou
E arrastando-se moribundo
Ao caule da velha árvore se encostou
E num suspiro de desespero
A morte para seu reino o levou
E nossos homens outrora bravos
Agora quietos e pálidos
Acobardaram-se e retiraram
Incrédulos com a perda do líder
Mas nem todos fugiram apressados
Os Huscarls em posição se mantiveram
Mas eram poucos, foram logo derrotados
E pelo vil inimigo foram aprisionados

Uns foram mortos e outros escravizados


Mário Carreiro

O envelhecimento

a vida começa de uma dolorosa forma
para nossa mãe claro
mas nem por isso menos desprezada
assim nascemos e começamos
a envelhecer
a infancia nós passamos
a brincar e a sujar
mas sem os nossos
pais não saibamos tolerar
a adolescência se aproxima
e os verdadeiros perigos
se adivinham
drogas, tabaco, e bebida
são alguns deles mas
nem por isso sao os unicos
os adolescentes amadurecem
e adultos se tornam
a idade da responsabilidade
e do trabalho que é
recompensado com a comida
que nos cai no prato
ao final do mês
os anos vão passando
e velhos nós vamos ficando
e com grande animação
nós acabamos a nossa
vida de acção


Luís Marques

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Tu és aquela

Pouco a pouco
apaixonei-me por ti
e pelo teu brilhante sorriso
que me deixa nervoso
com as mãos a tremer

Assim que te conheci
lembrei-me daquele local especial
que adorava em criança

Que faço eu aqui?
Qual o sentido da minha existência
sem ser te amar
e pela longa estrada da Vida continuar

Existem vezes em que olho para trás
um pouco, pensando no que perdi
mas agora sei que
lutarei pelo teu amor
com coragem e orgulho no coração

Com uma réstea de esperança
seguirei lutando e vivendo
mesmo que finjas que não existo
não te apercebes que gosto de ti?
Quando penso que estou contigo
de mãos dadas.


Mário Ilhéu

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Minha Vénus

Ao pôr-do-sol eu te olho
Com a fraca luz solar
Incidindo nos cortinados
E estes bailando ao ritmo
Da suave brisa do anoitecer

E lá estás tu, meu amor
Vestida de puro branco
Deitada num leito de pétalas
E lá esperas por mim
Para eu te amar

Moves-te lentamente
E o vestido cola-se ao teu corpo
Denotando as tuas doces formas
Essas tuas formas femininas
Que a espinha me arrepiam

Vejo a forma das tuas ancas
Em contraste com a cintura
Formando uma perfeita curva
Curva que se move lateralmente
Coma doçura do teu andar

Vejo também os teus seios
Justos ao teu vestido
Como que querendo olhar
Através do decote aberto
Esses seios firmes e fartos

E os teus mamilos
Elevando-se dos seios
Fazendo relevo no vestido
Olhando para mim
Com a sua cor de pétala de rosa

E esta minha visão de ti
Esta miraculosa observação
Faz despertar um calor em mim
Um calor que arde como fogo
Um fogo que me torna selvagem

Eu sucumbo à tentação
Que ardentemente me guia até ti
A tentação de te beijar
A tentação de te tocar

E de te possuir
No leito do nosso amor…


Mário Carreiro

domingo, 4 de maio de 2008

Significado de amar

amar é tão lindo
amar é tão profundo
e amar é viver
amar é sonhar
amar é chorar de alegria
amar??
sim amar...
é essencial à vida
pois sem amor não há alegria
sem alegria não há vontade
vontade de viver
vontade de se apaixonar
para poder concretizar
um sonho de encantar
e para a familia se orgulhar
do seu filho que amou...


Tatiana Pereira

Liberdade

Porque custa tanto a escrever
Sobre um valor tão profundo?
Será porque alguém a perdeu?
Porque alguém por ela morreu?
Talvez sim, talvez não
Talvez por nunca ter pensado nisso
Talvez porque nunca a perdi
Talvez porque nunca senti falta
Mas agora penso
Agora a perdi
Agora sinto falta
Agora sei
Liberdade é...
Uma gota de chuva a caír
Um pássaro a voar
Uma criança a rir...
Liberdade é vida


Sandro Pereira

Sofrer sem sentido

Porque nos dedicamos tanto a alguém?
Porque nos subvalorizamos para a fazer feliz?
Para receber carinho?
Para receber desejo?
Para sentir que somos precisos?
Para sentir que somos amados?
Talvez...
Mas o que recebemos em troca?
Desinteresse, Desprezo...
Indiferença, ódio...
Valeu a pena?
Porque mudamos a nossa pessoa?
Por alguém que não merece
Alguém que nos esquece
Alguém que não gosta de nós
E agora...
Estamos no fundo
E agora sabemos
Amar é...
Amar é sofrer


Sandro Pereira