sexta-feira, 9 de abril de 2010

O Tirano jaz morto!

O Tirano jaz morto!
Caído na sombra do seu trono
Seu corpo aberto como o de Crono

O Tirano jaz morto!
Apunhalado, ensanguentado
Moribundo nas escadas do Senado

O Tirano jaz morto!
Que Julho não seja mais Julho
Que nas Calendas haja entulho

O Tirano jaz morto!
Embriagado pelo Triunfo
Morto pelo seu trunfo

O Tirano jaz morto!
Com areia africana nas sandálias
E a toga manchada pelo sangue das Gálias

O Tirano jaz morto!
O Povo está livre!
E a Res Publica vive!

O Tirano jaz morto!



Mário Carreiro

3 comentários:

Sandro Pereira disse...

Estavas a falar de César?? Gostei do poema, como sempre ;)

relaxado disse...

lucius voreno, foi baseado numa série televisiva q passou á pouco tempo ...

Mário Carreiro disse...

Caro relaxado (vou fingir que não sei quem é)
É sem duvida uma série muito boa mas a história do assassinato de César é descrita por autores da época. Eu simplesmente me coloquei no lugar de Brutus e escrevi aquilo que acho que ele queria dizer ao povo como justificação da morte de César.