quinta-feira, 24 de abril de 2008

Pintar este poema

num quarto escuro,
solitário e vazio
iluminado apenas
pela escassa luz de uma vela
que morre pouco a pouco
consumindo a cera branca
que lhe mantém acesa a chama
e é neste quarto
que eu pinto este poema
pinto-o de preto
como a morte
pinto-o de verde
como a peste
pinto-o de vermelho
como a guerra
pinto-o destes três males
que destroem o Homem
pinto-o ainda de um mal
que me destrói a mim
esse mal é o meu amor por ti
a chama da vela morre
e todo o quarto se envolve
na profunda escuridão da noite
o sono cai sobre mim
e adormeço na esperança
de um dia poder pintar
este poema de branco
como a pureza do teu amor
que só com ele
acabarei esta pintura...


Mário Carreiro

1 comentário:

ஜ♂¤AniMe¤♀ஜ disse...

so kawai!!!

sugoi^^
tens mt jeito para os poemas ^^
tu i ux teux amigux....