Noutro século
De outro milénio
Os já passados
E muito esquecidos
Antigos dias de Khem
Um rei contemplava Helio
Que toda a terra ilumina
E nela cria vida
Helio brilha sobre Amon
Que tudo criou a seus pés
E no mar fez nascer terra
E na terra fez nascer vida
Contemplava o rei também
Osíris, Ísis nossa madre
E o sábio Toth
Mas os deuses danaram-se
O rei incorreu em sua ira
Pois julgando-se ele um deus
Deixou-se cair em perdição
E fez da sua imagem o Sol
E do seu olhar raios de luz
Seus artífices criaram anéis
Pulseiras, jóias, colares
E até máscaras
Tudo em ouro
Para brilhar como Helio
Era então o rei um falso Sol
Julgou-se o rei um deus
Maior de todos os deuses
E também o único de entre eles
E assim libertou a fúria de Horus
Filho do Sol -
Akhenaten -
Era esse seu nome
Filho do sol
O sol queimou suas asas
Toda a terra se desfaz
E todo o povo morre
Enquanto o rei se julga maior
A Esfinge derrete em lágrimas
As pirâmides tremem
Ao som das infernais bombardas
Já o abismo está próximo
Quando o rei se arrepende
Já foi tarde...
Visões insanas
Levam o rei à loucura
A sua maldição
Foi a praga do Homem
O rei-deus fora derrotado
Um novo mundo nascerá...
Um novo mundo virá...
Mário Carreiro
2 comentários:
Que esse novo mundo venha depressa ;) mais um poema abstracto do "sôr" Mário, parabéns gostei e espero mesmo que... abstractamente o nosso mundo renasça também ^^.
Que esse novo mundo venha depressa ;) mais um poema abstracto do "sôr" Mário, parabéns gostei e espero mesmo que... abstractamente o nosso mundo renasça também ^^.
Enviar um comentário